Horizontes on-line.


Há sete anos fui convidado a escrever um artigo que pudesse posteriormente ser publicado num jornal local. Naquela época eu ainda não tinha nem computador.
Aquele texto foi então escrito a punho, driblando o medo de correção e temendo a ausência de palavras condizentes à nobre chance.
Por algumas edições que se seguiram eu fiz da mesma forma, gastando folhas e folhas de papel até atingir a ideia. E a velha mania de escrever foi dando lugar ao poder do computador. Nele fui aprimorando a escrita e me familiarizando com a nova tecnologia que em atraso eu começava a admirar. Fui aprendendo na raça, praticamente sozinho, tendo aulas básicas num curso feito na Associação Comercial de Aparecida e grandes ensinamentos vindos do meu camarada e amigo Maurílio Reis.
Foram se sucedendo então os assuntos abordados com bom humor, saudade, coração, verdade e homenagens a grandes personagens do nosso cotidiano. Dentre tudo, foram surgindo também algumas polêmicas. Criei vários amigos através disso e alguns poucos e insignificantes desafetos. Dividi o espaço das páginas palmo a palmo com “monstros consagrados” como Dona Zilda Ribeiro, Benedicto Lourenço, Luizão Freitas, Marco Reis, Wilson Gorj, Reinaldo Cabral, Alexandre Lourenço, Dona Cidinha Alcântara, Chico Sanini, Getúlio Martins e Benedito Dubsk Coupé entre outros. Papéis amarelados, arquivados no peito e numa gaveta com valor incalculável.
Com o passar do tempo pessoas me paravam pelas ruas para comentar, elogiar e desferir algumas críticas pelo texto publicado na quinzena. Outros foram recortando e colecionando meus artigos e assim “montando” seus próprios livretes.
Dessa maneira, fui evoluindo a busca dessa literatura urbana em relembrar fatos acontecidos neste lugar. Dentro dessa mania em juntar palavras, consegui ser premiado quatro vezes no Concurso de Contos da Biblioteca Municipal de Aparecida, obtendo um Bicampeonato em 2005 e 2009. E assim os textos e artigos foram tomando conta do cotidiano de muita gente.
Hoje, depois de colaborar com oito jornais e duas revistas, sou publicado apenas no Jonal O Lince. Mas é no blog “Memórias de uma Província”, com mais de 2.220 acessos, que venho tendo a grande oportunidade em emergir de um anonimato e criar responsabilidade. Pois, como já me disse muita gente importante, “há peso no que escrevo”. Com muita humildade, absorvo cada frase e vou mudando muito para continuar sendo eu mesmo. Pois, não adianta ter a alcunha de escritor, ter mil palavras a dizer quando se tem um nó na garganta.
Eternizar a nossa escrita fundamentada em ideias concebidas de verdade e coração é que poderá ampliar nossos horizontes. Sejam nossas memórias registradas a lápis ou em páginas virtuais na internet. Isso é história.
E nesse universo atual, nada tem mais importância que meus leitores. Eu também os coleciono, guardando a todos com valor de diamantes. Diamantes que com o peso e o quilate de seu cotidiano poderão me ajudar a eternizar e difundir essa literatura.
Pra tanto, peço que meus seguidores entrem em contato para que possamos nos conhecer, trocando idéias e opiniões que são ostentadas por este horizonte sem fim chamado internet.
Bem mais que antes, hoje, navegar é preciso...

Um abraço a todos!

Lúcio Mauro Dias
E-mail: luciomjornalista@gmail.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O chifre

Os 90 anos do Cemitério Santa Rita em Aparecida

Americanização