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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Descaso

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A realidade triste dos dois cemitérios de Aparecida, além da falta de manutenção em suas instalações, é a vergonhosa falta de equipamentos de segurança para os coveiros que lá trabalham. Não há manejo adequado dos resíduos gerados em exumações, tanto no aspecto de proteção dos trabalhadores com equipamentos de proteção individual que podem evitar acidentes com animais peçonhentos (luvas e roupas) quanto na destinação dos resíduos sólidos. Isso sem dizer que todos que ali labutam já correm riscos biológicos frequentes. No Cemitério Pio XII foram feitas algumas imperceptíveis reformas para maquiar a situação lamentável do local que se arrasta por anos. “Deve ser assim porque‘morto’ não vota”, me disse um dos coveiros. "Mas ainda vou mandar pintar na marquise da entrada a frase 'nossos ossos esperam pelos votos'", brincou ele.

Da moda ao "demodê"

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Em 2007, com a visita do Papa Bento XVI à Aparecida, a cidade ganhou uma rede de conexão sem fio à internet gratuita num projeto chamado “Aparecida Digital”. O projeto estaria dividido em duas fases. A primeira foi inaugurada em 8 de maio de 2007, estando a rede “Wi-Fi” gratuita na região da Basilica Velha. Até 240 pessoas poderiam então se conectar simultaneamente à rede sem fio A segunda fase do projeto, que tinha apoio da D-Link, seria a extensão dessa rede para toda a cidade. Ao todo, seriam gastos 180 mil reais com o projeto. A expectativa era de que a rede fosse usada por jornalistas envolvidos na cobertura da visita do Papa e depois pela comunidade. A realidade do projeto “Aparecida Digital” implantada na administração do Prefeito José Luiz Rodrigues hoje é apenas uma lenda, onde a sua antena apodrece sem uso redesenahndo em outra faceta o descaso com a população de Aparecida, coisa que ninguém nem noticia mais.

A vingança do bloco na rua.

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As origens do carnaval têm sido buscadas nas mais antigas celebrações da humanidade. Já há dez mil anos antes de Cristo, homens, mulheres e crianças se reuniam no verão com rostos mascarados e os corpos pintados para espantar os demônios da má colheita. O carnaval foi chamado de Entrudo por influencia dos portugueses que trouxeram a brincadeira de loucas correrias no ano de 1723 quando surgiram também as “batalhas de confetes e serpentinas”. De acordo com antigas tradições, no século 17 existiam as Companhias de Carregadores de Açúcar e as de Carregadores de Mercadorias. Essas companhias geralmente se reuniam para estabelecer acordos realizando festejos. Essa massa reunia-se formando cortejos que consistia de caixões de madeira carregados pelo grupo e, sentado sobre a caixa, ia uma pessoa conduzindo uma bandeira. Eles improvisavam cantigas em ritmo de marcha. Os Maracatus surgiram particularmente a partir do século 18, devido à coroação de um rei negro em 1742. Depois da abolição em 18

De outros Carnavais...

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A bagunça que se formava no dia em que o bloco “Sai que é rolo, deita e rola” desfilava era intensa. Desde a tarde, a concentração nos botecos da Rua Santa Rita tinha clima de apoteose. Quem não gostava muito da bagunça era o Sãopaulino Ananias. Apesar de faturar uns Cruzeiros extras, ele detestava aqueles bêbados que só entravam no seu bar nessa época de carnaval e folgavam no ambiente como se fossem velhos freguêses do buteco. Mas o Nanias ficava na dele. Fritando seu pernil pra colocar no pão quando alguém pedia e lavando seus copos na pia. Fazia questão de tratar todos com o devido respeito. Os mais engraçadinhos, eram servidos com uma “Antarctica morna”, pra tomar só aquela e sumir dali. Era sua tática pra selecionar melhor a criantela. Deu azar quando naquela noite entrou um “curintiano” embriagado no bar e foi logo metendo a mão na estufa que abrigava alguns torresmos fritos. O bacana pediu uma pinga, uma cerveja e foi tirando do bolso uma nota de 100 Cruzeiros, a mais alta da

Alto da "Expedicionário Monêgo".

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A lamparina até que clareava um pouco à noite. Mas escurecia tudo em volta quando era dia...

O emprego ideal.

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A preguiçosa só saiu correndo quando leu na página dos classificados do jornal o anúncio: “Procura-se doméstica que possa dormir no emprego”...

Ladrão de galinha

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A fome e a porta escancarada do galinheiro não deixaram ele ter pena nenhuma do frango...

Fugindo da realidade.

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Quando o time da gente não anda bem das pernas falam de tudo e acontece de tudo. Mesmo assim, o corinthiano segue acreditando em dias melhores. Sofrendo o diabo em cada esquina, em cada emprego, em cada boteco da vida afora onde o porre fica amargo demais para gente voltar a sorrir. Após uma dessas rotineiras derrotas, quando eu ainda trabalhava na Santa Casa de Aparecida, numa madrugada fria, eis que chega ao pronto socorro a ambulância do Potim trazendo um rapaz totalmente desacordado. A ingestão demasiada de álcool fez com que o cidadão desmaiasse e desse o maior trabalho para a enfermagem retirá-lo do carro. Encaminhado ao leito, o médico de plantão já prescreveu pela experiência a “milagrosa” glicose na veia do cidadão que seguiu dormindo sob observação. Ás seis horas da manhã um membro da enfermagem pediu meu auxilio pra que puséssemos o “bebum” debaixo do chuveiro, pois, durante seu sono, havia o cidadão feito suas necessidades fisiológicas na cama onde estava. Sujou-se todo. An