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Mostrando postagens de novembro, 2015

De tradições e glórias mil

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Fui muito pouco em estádio de futebol pra ver o Corínthians jogar. Foram apenas três vezes desde 1982 quando descobri o “time do povo” depois de uma derrota para o São Paulo. A primeira vez foi em 25 de janeiro de 1991 quando o Timão tinha acabado de se sagrar Campeão Brasileiro pela primeira vez. Era uma partida no Estádio do Canindé, jogo válido pela antiga Copa EuroAmérica contra o Hamburgo da Alemanha. O interessante é que eu não fui pra capital pra ver o jogo. Fomos eu e mais dois amigos vender quadros do Corínthians Campeão Brasileiro de 1990. Antes da partida foi um fiasco as vendas, mesmo porque, já era proibido entrar até mesmo com jornal dentro dos estádios. Na medida em que o tempo foi passando, fui me envolvendo com atmosfera do jogo. Debaixo da marquise do Canindé, fui sentindo meu coração acelerar em cada batida do bumbo da Gaviões e com os gritos de “ Timão ê ôôô ”... Tive que entrar e ver o coringão derrotar o time alemão por 1 a zero, gol de falta de neto deba

Tempo

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A infância brincando desobediente de tempo. Os velhos já visualizando maneiras de fim...

Quebranto

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O passarinho, coitado, esteve exposto aos olhares dos transeuntes do portão pra fora. Amanheceu cego de um olho. Ficou ali, encorujado no silêncio de uma manhã meio que ensolarada. Ela não notou nada. De pé desde as seis da matina, foi pentear o cabelo, passar café. Abrir a casa pro dia entrar. A gaiola no prego da parede caiada. Não notou nada. A vassoura que serve de apoio varreu o pó do chão antigo. Um vai-e-vem da eterna saudade dos que não vieram mais. Outras aves já imprimiam a liberdade pelo céu: pardais, sanhaços, bem-te-vis... De repente... Ela desconfiou de um silêncio que vinha da gaiola. Foi trocar a água, assoprar o alpiste... Estendendo a habilidade humana, as ferramentas tiniam os acordes do trabalho. Uns chegavam ao sono do dia, outros saíam ao destino da luta capital. Saí meio apressado. Entrei, peguei duas bananas no cesto da copa. Troquei uma conversa com ela: -Coitado do meu canarinho... Acordou cego de um zóio... Num tá nem cantâno... Eu

Um Novo Jornal em Aparecida

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Como uma colcha de retalhos, a ideia inicial é que, das lembranças de valor histórico, uma a uma, coletivas ou não, possamos fundamentar o processo de composição da memória de um lugar para que esta possa ser devidamente documentada e arquivada no propósito de ser resgatada num determinado momento e colocada à disposição de estudos para entender melhor uma época. Na formação de opiniões, a publicação jornalística é parte fundamental deste processo. Ela resgata a literatura urbana de seus colaboradores para dar mostras de que, quando existir um jornal mais independente, naturalmente ele despertará a vocação de muitos para a provocação, relacionando-os com tudo aquilo que questiona, contesta ou desagrada ao que está estabelecido. Isso, aliado a coragem, pode tornar a nossa imprensa mais livre e cultural. Cada qual com seus meios e oportunidades, vamos então dando manutenção para eternizar a literatura urbana local enfatizada por acontecimentos que reescrevem a nossa história.  A