Histórias para ninar dragões


A escrita minimalista de Wilson Gorj acaba se transformando num grande instrumento de sensibilização da alma humana. Em poucas linhas, suas palavras têm o dom de puxar as emoções e sentimentos mais internos da literatura contemporânea para mobilizar discussões sobre temas aparentemente invisíveis. Isso tudo além de resgatar o fazer mais puro da escrita. Coisa que acredito ser passível de transformação da literatura cotidiana ou particular.
Quando penso nas formas que Gorj dá à escrita, entrevejo outra dimensão nas palavras que transformam o superficial para tornar lírico, sarcástico e humorado, fotografadas pelo seu olhar sensivelmente apurado, surpreendentemente radical e bonito. Escrita que incorpora e integra o leitor como “ator” das linhas nas páginas do livro. E atuamos não apenas para nos ver ali. Mas para nos perceber. E não somente para nos perceber, mas para compreendermo-nos. E nessa busca, refletir no brilho do olhar de um outro de nós.


Lançamento dia 30 de março

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