“Canonização”
Certa vez, o meu grande amigo Manoel, que era motorista da
ambulância do Pronto Socorro onde eu trabalhei, levou ao P.S. uma moça que havia
sofrido um acidente com sua moto na Avenida Itaguaçú.
Socorrida prontamente pela equipe de enfermagem, fui fazer sua ficha de
atendimento e elaborar um boletim de ocorrência do fato.
Ao indagar a moça sobre seu endereço ela me informou que era de Guaratinguetá e
que morava no Bairro de São Manoel. No exato instante em que ela dizia “São
Manoel”, o motorista da ambulância entrou de repente na sala de emergência e,
se fazendo de galã, falou com a voz sedutora para a moça:
-Eu não sou santo não meu anjo. Pode me chamar só de Manoel mesmo...
A moça, com suas dores, na maca, nada entendeu. Eu também demorei alguns
segundos tentando compreender de onde ele havia tirado que se tratava de uma
“canonização”...
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