Protegendo os dias.
Foi há muito tempo atrás, quando eu carregava marmita para meu pai na Editora Santuário. Numa sala anexa a guarita, ele raspava a marmita comendo o arroz e o feijão com fome de rei. Vez ou outra um ovo frito e um virado de cambuquira. Depois de satistfeito, ele me acompanhava até a esquina da “Rua Nova”. Ás vezes a gente parava um pouco no Seminário Santo Afonso e ficava sentado sob as sombras das árvores como se o mundo estivesse parado. Foi ali que ele me mostrou uma imagem, que do alto do portão de entrada, zelava pelo lugar. Um anjo dominando um dragão com uma espada na mão. Nos seus ensinamentos, papai me contou que era São Miguel Arcanjo, protetor nos caminhos que a gente percorria. Quando ele não podia me acompanhar, eu sempre pedia a proteção ao anjo São Miguel no caminho de volta pra casa. Ao passar em frente ao cemitério velho, eu sabia, ele também me mostrara, que a capela ali dentro era dedicada à São Miguel Arcanjo. Pouca gente sabe disso. Nas festas ...