A Cruz de Malta é o meu pendão...



Cruzmaltino roxo, ele nunca tirava a camisa do Vasco. Trocava por outra, mas todo dia só era visto com a camisa do Gigante da Colina.
Isso foi uma promessa feita no decorrer do campeonato da série B. Depois do rebaixamento, caso o Vasco voltasse à elite do futebol brasileiro no mesmo ano, usaria pra sempre a camisa do time.
Mas ele acabou percebendo que usar a camisa do Vasco poderia fazer com que ele se libertasse de algo que o incomodava muito: o cinto de segurança. Aquela faixa transversal na camisa iludia qualquer um e acabava por parecer o cinto deslocado sobre o peito do motorista.
O que não estava combinado era que, logo depois desta idéia absurda, ele se envolveria num acidente trágico, o qual, por não usar o cinto de segurança, fora lançado pra fora do veículo causando sua morte instantânea.
Foi enterrado com o manto Cruzmaltino. Vestígio de nunca quebrar a promessa feita. Fora a bandeira do clube de coração sobre seu caixão que acompanhou o cortejo até os últimos instantes.
Mas sobre sua sepultura a Cruz de Malta dava lugar a uma cruz simples, desta que descreve que qualquer cristão que se vai... 

Postagens mais visitadas deste blog

O chifre

Os 90 anos do Cemitério Santa Rita em Aparecida

Americanização