Decisão




Decidi que vou parar de sofrer. Afinal, uma paixão de verdade merece toda nossa investida. Corpo e alma.
Vou deixar essa experiência pra essa geração nova que vem chegando por aí. Quarentão, vejo que não aguento mais o repuxe. Vou me aliar ao meu rádio de pilhas sem envolvimento físico, mas místico e escrever sobre a causa e seus efeitos.
Já vi meu time ganhar todo quanto é tipo de campeonato. Mas o símbolo dessa conquista histórica propõe um orgasmo. Abraçar o mundo na mais pura essência onde o time do povo reluziu no topo é proclamar pequenos e obscuros heróis do cotidiano. Essa massa que arrisca a esperança sem esperar retorno. Que, diminuídos, sorriem e esbanjam o triunfo com orgulho no trabalho, na rua, no buteco. Transformam-se em vultos consagrados pela vitória dando esquecimento às chibatadas da injustiça social. Gritam sem hesitar a odisseia alvinegra que sempre vai resgatar a crença e a felicidade coletiva, gravando na história a lúdica frase; “campeão do mundo”.
fica o legado deste sofredor incumbido de fazer se manifestar a paixão pelo time ao ponto de gerar subsídios para se estar feliz daqui pra frente, exaltando a melhor fase que o passado já desenhou...

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