Poesia de mar.
Eu era por dentro
a profundidade do mar.
E era tímido concha por fora.
E de tanto rimar a mania de amar,
acabei virando o inverso agora.
A estática concha o mar levou embora.
Quanta rima o amor jogou fora...
Mas dentro da concha,
do oceano que era solto,
prendeu-se o barulho do imenso mar revolto...
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