Incalculável

Em tempos de tecnologia brutal, ainda me atento ao saudosismo.
O homem moderno, por necessidade ou estética, vestiu-se de tecnologia, acoplando sua vida nessa necessidade.

A fotografia elaborada com arte teve um suporte vitorioso naquela época de ouro dos retratistas lambe-lambe. A arte fotográfica resistiu e sobrou dentre impávidas maneiras de se comunicar através da sensibilidade, encarando o tempo cheio de apertos cotidianos.
Reencontrada num ferro velho, a antiga máquina restaurou esse processo de eternizar.

Com a chancela e o respaldo de uma história magnífica, embrenhei-me neste restauro e me apossei de um tempo.
Ela permanece estática agora, decorando este espaço de vida. Parada, porém levitando entre as manobras do destino, da memória e das lembranças.

Numa época onde tudo se apresenta escasso, ela, a velha máquina do tempo, imprime nessa liberdade de palavras, o encanto. Coisas que realmente não tem preço.

Tudo que foi ficando pelo caminho menosprezou certa importância.
O que veio junto, com certeza, é uma obra valiosa que enobrece  a existência.

Fique com as coisas passageiras você.
Eu prefiro me eternizar além da pobre matéria...


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