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Mostrando postagens de maio, 2012

O silêncio de Deus

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O polêmico escritor posta o seguinte na sua página do Facebook: “Não acredito em Deus porque nunca o vi. Se ele quisesse que eu acreditasse nele, Sem dúvida que viria falar comigo E entraria pela minha porta adentro Dizendo-me, Aqui estou!”... De repente, ouve-se uma, duas, três batidas na porta. O escritor, entretido procurando seu pacote de bolachas recheadas que sumira, pergunta: “Quem é?”... O que se segue depois disso é um enorme e cortante silêncio. Deus, faminto na noite, não podia responder, pois estava com a boca cheia...

Amparado

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Confiava tanto num amuleto que tinha, que atravessava as ruas sem nem olhar pros lados. Trocou o amuleto por uma muleta estes dias atrás...

Fábula de interesses

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"Beije-me princesa", disse em meio ao coaxar um sapo à beira de uma lagoa. A princesa, alheia a presença do réptil, respondeu sem pestanejar: "Até parece... Não me interesso por sapos"... Ao sapo restou a solidão. Teve que deixar de lado o interesse pela perereca dela...

Eterno palhaço

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Foi num tempo em que o circo ficava onde se traçou a Avenida Monumental. Nas matinês, esperava sempre por duas atrações incríveis: o elefante fazendo acrobacias e os palhaços, que supriam o lugar debaixo da lona de risos. O circo ia e voltava numa frequência ignorada para o menino que fui. Bebendo dessa água, eis que com o tempo, um dos palhaços ficaria por definitivo na cidade. Dizia não ter mais bagagem pra acompanhar o circo. E por aqui foi ficando, ficando... deixou de ser palhaço. Na fila do banco em Guaratinguetá, de longe conheci aquela figura. Meio despojado de luxo, humildemente passivo diante da fila de idosos formada em sua frente, pois era dia de pagamento de aposentadorias e benefícios. Bigode amarelado pela nicotina constante, barba por fazer. Olhos levemente vermelhos. “Boa tarde, por acaso o senhor não era aquele palhaço que vinha sempre com o circo na cidade de Aparecida?” “Meu filho, que memória. Sou eu mesmo. Você se lembra?” ... E passou a me contar de suas idas e v...

Exceção

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Para um bêbado socialista não há dúvida de que "o único americano que presta" é o copo...

Conclusões

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O dia a dia constrói lembranças que refletem a saudade depois do acontecido. Mastiga o tempo a realidade do fato de não ter mais nada vivido...

Mãe, minha Senhora!

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É ela. Alguém que diante de tanta realidade, supre os sonhos e que, diante deles, decifra-nos o apelo imperceptível da vida que busca a incessante conduta de felicidade. Mãe é aquela que assume a luta de um pai ausente pelo acaso da vida e que dispõe do riso afastando a lágrima mais insistente. Apascenta o humor maleável sustentando todas as vontades cabíveis e impossíveis de quem a redeia. Inspira pelos atos e por simples ações, seja varrendo as nevoas da manhã, remendando na máquina de costura os retalhos de sua velha e vasta sabedoria ou quarando a brancura da vida no varal. Uma Mãe duplica a atenção diante da existência se tornando avó. Supera seu próprio tempo tornando-se bisavó. Ignora as diferenças, desconhece o que maltrata e não dorme. Mãe simplesmente repousa pensando nos afazeres de amanhã. Por ser mulher resgata disciplinas gastas pelo próprio uso. Por ser Mãe, desafia códigos mastigados pelo tempo. E a noite, quando todos dormem, passeia pela casa preocupada com as janelas...

Raízes aparecidenses

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O ano era 1996. Era ano eleitoral. Nessa época eu namorava uma menina que morava em Caraguatatuba, a Daniela Santana. Garota de uma família grande, apesar de ser filha única. A agitação pelas eleições daquele ano era intensa. Ainda mais que uma tia da Dani, a Dona Dalva, uma mulher de estatura baixa mas com enorme personalidade, era candidata a vereadora na cidade. Um pouco antes da eleição, eu fui para Caraguatatuba passar um final de semana com minha namorada. Assim que cheguei, fomos direto a um comício por perto da casa dela que ficava no Bairro do Porto Novo. Bandeiras, música, carros de som e eu no meio... Depois do comício, fomos todos a uma aniversário de uma criança onde o churrasco rolou solto regado a muita cerveja. No meio da festa, eis que chega o candidato a prefeito de Caraguatatuba, o senhor José Bourabeby. Eu sabia que ele era de Aparecida e seu irmão Alfredo Bourabeby foi prefeito daqui. Mas o que eu não sabia era que toda a família de minha namorada era à favor do ou...

Cronologia

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Lúcio Mauro Dias 1973 - Nasce o autor em Aparecida aos 8 de janeiro, quinto filho do fotógrafo Joaquim Dias e de Dona Maria Borges Dias 1979 - Tem sua primeira perda significativa no falecimento de seu avô paterno, José Pedro, o qual lhe apresentou os primeiros clássicos da literatura infantil 1980 - É matriculado no primeiro ano primário na Escola Estadual de Primeiro Grau Prefeito Solon Pereira em Aparecida 1984 - Pela primeira vez na vida arranja um emprego e vai ser ajudante em uma fabriqueta de peças de gesso na rua de sua casa 1987 - Por intermédio de seu pai, funcionário da Editora Santuário, tem publicado em algumas edições do Jornal Santuário “tirinhas” bem humoradas na seção de entretenimento 1988 - Começa a trabalhar no comércio de Aparecida em uma loja de artigos religiosos 1989 - Vence um concurso que escolhe o escudo da Escola Solon Pereira em Aparecida 1990 - Completa o colegial e tem uma referida frase de sua autoria impressa no convit...