As vertentes da publicação


Em tempo pouco inspirado, qualquer bilhetinho que a gente escreve se torna uma relíquia. Traduz e liberta a literatura contida. Especifica e eterniza o momento.
Tudo deve ser então devidamente guardado para que, posteriormente, possa ser publicado. Seja neste blog ou em qualquer outro meio comunicativo.
Muitos acham que o auge literário de um escritor é a publicação de um livro. No meu caso foram editados apenas trinta exemplares da obra “Minúcias Poéticas”, o que de certa forma, acabou deixando o livro no patamar das obras em raridade. Mais um pouco, nem mesmo sobraria um exemplar pra mim.
Mas a importância de cada palavra publicada, de cada crônica ou poesia, independe do meio onde foi inserida. Está impresso e pronto. Isso torna tudo em parcela importante na concepção de um histórico literário que possa permanecer.
Há algumas semanas, a mãe do meu amigo Dito Maravilha, veio a falecer. Das lembranças que tinha dela pude compor um pequeno poema, também publicado neste blog, onde entreguei ao amigo Maravilha a fim de prestar minhas condolências e minha homenagem àquela extraordinária mulher.
Em um e-mail, dias após o passar de sua mãe Dona Minda, Dito Maravilha estava me pedindo autorização para poder colocar no “santinho” da missa de sétimo dia o meu poema, dizendo que todos da família adoraram as palavras.
Nos 25 anos da Barbearia do Niquinho, outra crônica foi feita em homenagem ao Salão Popular e também publicada neste blog. Imprimi esta crônica e entreguei ao Niquinho, o qual, pra minha surpresa, mandou fazer um “banner” de um metro e meio com fotos dos fregueses e a crônica na íntegra.
E depois de quase três anos, recebendo uma ligação e um novo convite do Sr. Hélio Naideg, volto a ser publicado semanalmente nas páginas do histórico e quase centenário Jornal Correio Paulista de Guaratinguetá.
Mas entre tantos fatos, o mais importante talvez veio também através de uma ligação da Diretora da Escola Solon Pereira, Dona Rita Reis, convidando este ex-aluno a redigir uma crônica sobre aquela instituição de ensino onde iniciei meus estudos primários em 1980. A crônica vai fazer parte do livro que será lançado pela Secretaria de Educação de Aparecida no dia 17 de dezembro deste ano, dia da emancipação da cidade, em comemoração ao Centenário da Educação em Aparecida ou os 100 anos da fundação do primeiro grupo escolar na terra da Padroeira do Brasil. Um momento histórico pra fechar 2011 com chave de ouro.
Hoje, instauro a importância em ser publicado sendo um escritor aparecidense em puro estado de atividade junto de nomes consagrados como os de Benedicto Lourenço, Alexandre Lourenço Barbosa, Cidinha Alcântara, Marco Reis, Wilson Gorj e Carlos Júnior. Isso sem contar com as escritas esporádicas de Maurílio Reis e Luiz Afonso de Freitas.
Cada qual com seus meios e oportunidades, vamos então dando manutenção para eternizar a literatura urbana local enfatizada por acontecimentos que reescrevem a nossa história. A verdadeira história de Aparecida que vai sempre emergir dos subterrâneos da memória para a posteridade de uma publicação.

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