Um novo Escritor de Aparecida: Carlos Jr.
Um conjunto de obras que foi escrevendo e armazenando pelos anos de 2005 a 2010, poderão ser lidos no primeiro livro do Escritor aparecidense Carlos Júnior “Toda surdez será castigada” lançado pela Editora Multifoco, Selo Vale em Poesia.
A obra será lançada nesta sexta-feira, 16 de setembro na Câmara Municipal de Aparecida a partir das 19:00Hs.
“São textos que discordam entre si. Alguns com um nível emocional pesado e por aí vai. Há muito mais nestes textos sobre mim do que contei para qualquer pessoa”, diz o escritor em seu blog “O mundo de Carlos Jr.”(WWW.omundodecarlosjunior.blogspot.com)
Segue então dois poemas que farão parte da obra inédita do Escritor Carlos Júnior:
O DEPOIS
E depois?
E depois dos esforços, o que é que vem?
Depois da nostalgia vem o tédio,
Essa maldição que me persegue
E esse fardo de não querer ser do jeito que é.
E depois? O que é depois?
Futuro, passado, presente, pensamento
Teorias de relatividade, dimensões coligadas.
Depois fica para depois, e de nada adianta
Tanto aprendizado, tantos caminhos e com quem conversar?
Estando como um bicho acuado... Que depois de muito lutar desistiu.
E o depois fica simplesmente uma esperança,
Que o depois seja melhor.
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UM EU SOLITÁRIO
Cá estou eu, entre gênios e boçais.
Ninguém me diz nada de novo,
Não ouço nada que não tenha escutado antes.
Estou me lixando para nova banda Rock,
Estou desprezando a Bossa Nova.
Não sou daqui, não sou dali... Cansei de levantar bandeiras,
Mastros pesados, idéias ultrapassadas não me convêm.
Não quero um gole do vinho santo,
Nem ao menos quero um pouco do sangue maldito.
Meu estágio de ser está para além-mar,
Minha mente está para distante daqui.
Entedio-me demais com a monotonia de viver.
Ah, brandas vozes que me recordam o passado,
Ficará lá, a perder teus sons,
Não quero meu passado, não quero meu presente nem ao menos o futuro,
Cansei de ilusão e de vedar a verdade,
Cai por minhas conseqüências, e não me preocupo em culpar ninguém.
Chega desse mal chamado esperança... Doses cavalares desse veneno maldito.
Mataram meus sonhos e desejos, sou fruto do mundo,
Que se acabou faz tempo... Acabou-se faz tempo...
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