O eterno monopólio da Pássaro Marrom.
Virou manchete a noticia da venda da empresa de ônibus "Pássaro Marrom" para o controle dos acionistas majoritários da Gol Linhas Aéreas.
Há muitos anos toda a ligação rodoviária intermunicipal da região com a capital paulista é feita pela empresa "Pássaro Marron", até agora agregada ao grupo Serveng-Civilsan.
A grande verdade é que o monopólio continua, ou seja, única empresa responde pelo transporte de passageiros em toda a região na ligação com a capital de São Paulo e vice-versa.
O entendimento que se espera é que se melhorem as condições das linhas regulares que servem ao público. Há muito tempo se reivindica a livre concorrência com mais de uma empresa servindo o Vale do Paraíba. É situação incômoda e que nunca foi avaliada por órgãos federais que analisam o sistema de transportes intermunicipais. Tem sido uma saga o monopólio neste setor.
Mas isso não é apenas na região, mas também nos municípios: única empresa que responde pelo transporte coletivo. A linha entre Aparecida/Guaratinguetá é exemplo clássico na manutenção de monopólios, até mesmo aparentando certo “acordo” para essa manutenção.
O que se discute é a necessidade de melhorias no serviço aos usuários. Infelizmente isso não ocorre. A linha Guará/Aparecida deveria ser ampliada com mais carros para que os passageiros tenham facilidades nos transportes. Essas disponibilidades não ocorrem. O interesse maior é servir aos usuários com conforto e facilidade nos horários.
No horário de "pico" com estudantes que se dirigem às escolas e trabalhadores em final de expediente é onde o caos prevalece. Ônibus imundos, com estofados sujos, motoristas que imprimem uma velocidade desnecessária colocando em risco a segurança de idosos que muitas vezes se espremem na entrada do ônibus, passageiros amontoados feito sardinhas enlatadas e a falta de carros que suportem o embarque de pessoas com necessidades especiais. Essa estrutura engessada vem de muitos anos.
A tarifa entre Aparecida e Guaratinguetá custa agora R$ 2,10. Entre os bairros de São Francisco e Vila Mariana cobra-se R$ 2,50.
A situação não é encarada com seriedade pela administração municipal muito menos pelos senhores vereadores. Apesar de que, com a reforma do velório municipal, a câmara vem “funcionando” de alguma maneira.
A possibilidade da implantação de um sistema de transportes alternativos, dizem, está fora de cogitação. A população sofre diante deste descaso e MAIS UMA VEZ ninguém noticia. Nem a imprensa falada nem muito menos a ESCRITA. Jornais que se fazem mudos por interesse de matérias pagas.
E ainda temos que escutar o pobre do cobrador pedir pra gente “dar um passinho pra trás” quando o ônibus está lotado pra acomodar mais gente.
Estamos andando pra trás faz tempo...
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