Em busca da cidade perdida.
Penteando os cabelos brancos, os poucos que lhe restavam, seu Joaquim disse ao neto Zé Pedro de oito anos: -Hoje eu vou te levar pra conhecer a nossa história, a história de nossa cidade! O neto gostava quando seu avô falava em histórias. No reino de encanto de sua infância, quando o velho Joaquim falava assim era como entrar em meio as páginas de um livro ou se perder num roteiro de um filme “Hollywoodiano”, desses que a nobre “Sessão da tarde” nos coloca a sonhar. Zé Pedro pôs seu boné, conferiu a carga da nova máquina digital, algumas balas no bolso e segurou forte as mãos do avô como quem segura o leme de um navio. -Vamos depressa vovô... As pernas daquele senhor de 75 anos já não podiam mais. Logo no início, avistando as duas torres da Basilica Velha, seu Joaquim demonstrou saudade. A cidade mudara tanto. Mas os olhos enevoados ainda sabiam o caminho certo pra chegar ao museu. Antigamente, era preciso subir as escadarias da torre da Basilica Nova. Ali, num empenho glamoroso, uma h...